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Lei do Queijo Artesanal:

descubra novos sabores

Reportagem e edição: Keuly Vianney    |  WebDesign: Hanna Teixeira   |  25/08/2020

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Os mineiros estão comemorando a regulamentação de queijos artesanais no Estado, divulgada pelo governador Romeu Zema na última semana, quando foi assinado decreto que reconhece a Lei do Queijo Artesanal. Minas é um lugar de grande diversidade e qualidade queijeira com terroir próprio, que não deixa nada a desejar aos famosos queijos da Itália e França. Para descobrir novos sabores, o Noticiar.net pesquisou alguns queijos que entram nessa nova legislação, a qual vai valorizar produtos da cultura regional e a gastronomia.

Cerca de 30 mil produtores de queijos artesanais de Minas Gerais serão beneficiados, agregando qualidade aos produtos tradicionais e típicos das regiões mineiras.

A nova legislação reconhece e regulariza outras variedades de queijos mineiros, pois antes da normatização apenas o produto artesanal com casca lavada tinha embasamento legal para sua produção no Estado. Este foi o caso do queijo Canastra, da região Sudoeste de Minas e que já havia conseguido reconhecimento nos últimos anos ganhando premiação em todo mundo.

Veja abaixo características de alguns queijos artesanais reconhecidos e que você pode degustar e usar em seus pratos, enriquecendo sua gastronomia do dia a dia ou em receitas mais requintadas.

Queijo cabacinha

Historicamente, é fabricado em muitas cidades e vilarejos na região do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas Gerais, além do Espírito Santo e Bahia. Na sua fabricação é usado leite, iogurte natural e coalho líquido. É preciso escorrer o soro por mais de 20h, colocar na salmoura e depois num grande amarrado em barbante por várias horas para dar o formato de cabacinha. Sua origem é na Itália, onde é mais conhecido como cáccio cavalo, pois antigamente era feito a partir do leite cru de jumenta dos povos nômades. É sabido que esse queijo mineiro já existe há séculos, mas foi reconhecido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) em 2014.

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Foto: Divulgação

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Queijos de Porteirinha 

De sabor peculiar e diferenciado, é produzido na região da Serra Geral, onde produtores fabricam o queijo Minas artesanal em grande diversidade e que tem como principais características uso do leite cru, coalho e do“pingo”, espécie de fermento natural produzido a partir do soro do leite. A região Serra Geral foi reconhecida pelo IMA em 2018 e engloba cerca de 20  municípios com queijarias artesanais.

Queijo artesanal de Alagoa e Mantiqueira

O queijo artesanal dessas duas regiões transformou-se num bem tradicional das famílias produtoras. Pesquisa da Emater-MG aponta que a iguaria teve origem nas cidades de Alagoa e Mantiqueira de Minas trazida por um casal de imigrantes italianos na década de 1920, os quais viram a possibilidade de produzir ali um queijo típico de Parma, sua cidade natal. Daí, nasceu o parmesão mineiro devido às semelhanças climáticas da Mantiqueira com a italiana. Ao longo do tempo, muitas famílias da região mantiveram a tradição de fabricar o queijo parmesão em suas pequenas propriedades e passaram para as gerações futuras. Ainda conforme a Emater-MG, só em Alagoa existem cerca de 140 queijarias artesanais.  

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Requeijão moreno​

É um produto de sabor único, intenso e cremoso feito artesanalmente no Norte de Minas. A produção dura cerca de dois dias e consome 10 litros de leite. Primeiro, deixa talhar e, depois, vai ao fogo mexendo bem. A cor muda conforme o processo de fervura de talho do leite. O requeijão moreno produzido no Norte mineiro possui sabor mais amendoado e textura menos cremosa que o requeijão branco e de raspas, mais comum no Sul e Centro-Oeste de Minas. É servido com café, doces e até em pratos salgados. 

 Queijo com leite de cabra, ovelha e búfala

Conforme o decreto, também está permitido produzir queijos com leite de cabra, ovelha e búfala, uma tendência já observada em vários Estados brasileiros e destinos turísticos pelo mundo afora. Em decorrência disso, novas técnicas para produção ou maturação dos produtos foram reconhecidos oficialmente. Assim, o governo incentiva os produtores a diversificarem seu produto para concorrer no mercado gastronômico mundial.

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